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Simbolismo da Tocha Olímpica

A chama olímpica é um dos símbolos dos Jogos Olímpicos e evoca a lenda de Prometeu que teria roubado o fogo de Zeus para o entregar aos mortais. Durante a celebração dos Jogos Olímpicos Antigos, em Olímpia, mantinha-se aceso um fogo que ardia enquanto duravam as competições.

Os Sonhos do Rei

Um dia, um rei teve um sonho: sentado em seu trono, no salão central do palácio, ao olhar à sua volta, viu que várias raposas entravam e saíam pelas janelas do salão, correndo de um lado para o outro, à sua volta. Assustado, chamou seus áugures e conselheiros e lhes pediu que decifrassem o sonho, mas nenhum deles deu uma resposta que lhe satisfizesse. Mandou, então, que se espalhassem proclamas por todo o reino descrevendo seu sonho e prometendo a recompensa de um saco de moedas de ouro para quem o decifrasse satisfatoriamente. No meio da floresta, um lenhador muito pobre, de nome Ravi, leu o proclama e pensava, sentado em um tronco de árvore, sobre como seria bom se ele soubesse o significado daquele sonho, pois um saco de moedas de ouro o redimiria de sua miséria. Quando assim pensava, pousou um belo e pequeno pássaro colorido próximo dele, no tronco, e lhe falou: “- O que o entristece, Ravi? Gostaria de saber o significado deste sonho do rei?” Ravi se assustou: “- O quê? Um pássaro que fala!” “- Não só falo, como também sei o significado deste sonho, e posso te contar, com a condição de que…

O Pote

“Certa vez, o mestre pegou um pote, chamou o seu discípulo e colocou algumas pedras, muito grandes, dentro do pote e perguntou ao discípulo: – Está cheio? E o discípulo respondeu: – Sim. O mestre pegou uma sacolinha cheia de pedregulhos, a virou dentro do pote e tornou a perguntar ao seu discípulo: – E agora, o pote está cheio? O discípulo respondeu com firmeza: – Sim, mestre. Desta vez o pote está totalmente cheio. O mestre então pegou uma lata de areia e a derramou dentro do pote, areia preencheu os espaços entre as pedras grandes e os pedregulhos. Após o mestre encher o pote com a areia até o topo, o discípulo afoito disse: – Pronto! Agora acabou mestre, não é possível colocar mais nada neste pote. O mestre respondeu com um sorriso e virou um copo d’água dentro do pote de barro. A água encharcou e saturou a areia. Depois disso, o mestre pegou um novo pote vazio e pediu que o discípulo repetisse a experiência, só que desta vez na ordem inversa dos elementos. O discípulo começou colocando a água, depois areia, depois os pedregulhos e por último tentou colocar as pedras grandes, mas estas já…

Anedota filosófica: Diógenes e Alexandre, o grande.

Conta-se que certa manhã, Diógenes tomava sol sentado ao lado de seu barril. Alexandre o grande, andava por aquelas terras e de tanto ouvir falar no homem que morava dentro de um barril quis conhecê-lo. Informado de onde se encontrava o filosofo, Alexandre montado em seu Bucéfalo, pôs-se frente a frente com Diógenes e com este, teve o mais memorável de seus diálogos. Desta forma apresentou-se o general: – “Sou Alexandre o grande, diante de mim prostram-se os reinos, eu sou possuidor de muitas riquezas”. Diógenes sem esboçar sinal algum de surpresa, unicamente respondeu ao general: – “Eu sou Diógenes, e isto me basta”. Alexandre, pasmo com a reação indiferente de Diógenes frente a sua imponência, ainda tentou persuadi-lo, com o pretexto de fazer o filosofo segui-lo: – “Ouvi muito sobre sua sabedoria, e te ofereço metade de minhas riquezas se quiser acompanhar-me”. Diógenes para a surpresa de Alexandre e de todos que estavam presentes, prontamente respondeu: – “De você não desejo nada, quero apenas que saia da frente do meu sol pois estás me fazendo sombra”. Os soldados do temível general ainda quiseram zombar de Diógenes, mas foram censurados por Alexandre que lhes repreendeu desta maneira: – “Não zombem…

Prometeu Acorrentado

No próximo dia 17, como ocorre todos os anos, na terceira quinta-feira do mês de Novembro, é comemorado o Dia Mundial da Filosofia, evento estabelecido pela UNESCO com o objetivo de promover a importância da reflexão filosófica e estimular a troca de experiências entre diferentes países, culturas, religiões, raças, formas de pensar e de viver. A UNESCO considera que a Filosofia provê as bases conceituais dos princípios e valores dos quais depende a convivência harmônica entre os povos. Neste dia, diferentes tipos de organizações, grupos comunitários, universidades e agências de governo, em diversos países, promovem eventos para discutir e inspirar o debate público sobre os desafios enfrentados pela sociedade em todo o mundo. A humanidade, com suas variadas formas de expressão cultural, necessita sempre encontrar respostas apropriadas que possibilitem a paz entre os seres humanos, respeitando suas diferenças. O fanatismo, o sectarismo e toda forma de radicalismo político, religioso, artístico e científico impede o diálogo construtivo, única forma pacífica de promover a convivência harmônica da humanidade. Várias guerras, guerrilhas e convulsões sociais, onde inúmeras vidas foram ceifadas de forma violenta, decorreram de posições radicais que tentaram se impor pela violência, rejeitando o diálogo. Observando a história, podemos constatar, em todos…

A Flauta Mágica

“A Flauta Mágica” de Mozart é um dos mais maravilhosos testamentos musicais que nos foram legados por um filósofo-músico. Mozart não foi apenas músico, foi também um filósofo no mais profundo sentido da palavra. Procurou criar uma ponte entre o humano e o divino através do amor, tal como está evidenciado não apenas na “Flauta Mágica”, mas também em toda a sua obra. Sendo essencialmente apolíneo na sua expressão artística, na qual a medida do belo sublima o passional, Mozart conheceu o rapto dionisíaco que eleva a consciência a um mundo superior. Na “Flauta Mágica”, o apolíneo, a iluminação do divino e o dionisíaco, a transmutação do humano, vão de mãos dadas.

O Anel de Giges – Anonimato, responsabilidade e justiça

Conta Platão, no capítulo II de seu livro “A República”, que em época remota, na Lídia, um pastor de nome Giges encontrou um anel de ouro no dedo de um esqueleto humano gigante, após um terremoto, dentro de uma fenda que se abrira no solo, próximo ao local onde ele apascentava ovelhas. O anel, ele logo descobriu, possuía o poder de tornar invisível quem o utilizasse (já vimos isso em outro lugar), e de acordo com a fábula, Giges, que era um homem comum até então, começou a fazer mal uso de seu novo poder, e perpetrou atos infames, até assassinar o rei da Lídia e ocupar seu lugar no trono. Vemos, com esse mito platônico, que é bem antiga a atração pelo anonimato, por poder fazer o que se quer sem que ninguém saiba. É bem anterior às máscaras e à internet. E o que se busca com o anonimato? É bem evidente que quem busca o anonimato, em geral, salvo as exceções, o faz para não ter de se responsabilizar pelo que faz. Tem intenção de fazer algo que a sociedade e/ou ele próprio consideram ilegal ou moralmente reprovável, e por isso se esconde detrás de uma máscara,…

A Interpretação Esotérica de A Primavera

Este tema, da interpretação esotérica de uma das pinturas mais famosas do mundo, não é fruto de fantasias, mas de se ter reencontrado a chave básica utilizada pelo genial Sandro Botticelli – que é conhecido por este nome – para representar maravilhosamente a passagem da alma pela manifestação carnal. Um prólogo necessário a toda a referência ao fantástico movimento do Humanismo, infelizmente até hoje muito mal compreendido pelos especialistas influenciados pelo pensamento exclusivista centro-europeu, serve para nos pormos em dia com as novas correntes de interpretação histórica que estão a despontar de cara voltada para o século XXI. Para começar, esclarecemos que as divisões do passado humano suficientemente conhecido para se chamar «História» respondem, se bem que baseadas em fatos reais, ao nível das possíveis investigações e aos critérios mais ou menos gerais dos especialistas, os quais fixam, antes de tudo, uma meta pedagógica, pois história que não se ensina não é história segundo a acepção atual. Até meados do século XX, a nossa cultura ocidental dividiu o seu próprio passado recente em: Época Clássica, desde o século VI a.C. até ao século V, fazendo coincidir esta última data com a queda do Império Romano do Ocidente. Idade Média, desde…