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Análise do quadro “A Hearty Welcome” de Lawrence Alma-Tadema

Lawrence Alma-Tadema (1836-1912) foi pintor e desenhista neoclássico vitoriano e revivalista clássico olímpico. Esse é um quadro que representa a vida de Lawrence. No ano de 1874 Alma-Tadema teve de se mudar em função de um canal que explodiu em Londres e destruiu o ambiente de sua casa. Esse foi um momento triste para ele que tinha recém terminado de construir sua casa.Esse quadro representa a volta da família ao lar no qual o autor retratou em um jardim romano habitado pelos membros da sua própria família.

Prudência

Domina a fúria que impulsionaa insensatez no tom de tua voz.Refreia o ímpeto e a inconsciênciada expressão dura, do olhar atroz. Tempera a voz em tua voz interna,banhada em águas do coração.Deixa que surja, purificada,melodiosa como canção. Lembra do Mestre, em tempo remoto,coração reto qual labareda,que, com leveza, tocava o solo,andando sobre um papel de seda. Não deixa marca que fragmente,ou que divida, qual alameda.Cultiva o prado de teu caminhopisando leve o papel de seda. Não busque o solo que te sustente,a base falsa que arremedauma verdade que não existe,que dilacera o papel de seda. Preso ao celeste, vê que flutuas,livre do peso, pelo espaço.Passos de seda, mostram que a tuaé uma vontade forjada em aço. Prof. Lúcia Helena Galvão. Esse poema foi musicado e interpretado pela estrela Zizi Possi, com melodia composta pelo talentoso Keco Brandão.

Votos

Aqui me posto ante teu berço de homem-lótus, recém-desperto. Faço meus votos por teu destino, vôo de águia a céu aberto. Que haja saga, que vibre o sangue, e que teus sonhos apenas somem não aos prazeres que o homem prova, mas às virtudes que provam o Homem. Que a vida vaga, vã e inerte em puro ardor seja convertida, por tudo aquilo que a Vida verte, e não àquilo que inverte a vida. Que pises forte, que tenhas fibra, e que teus frutos sejam entregues jamais às sombras que cegam a alma, mas sempre às luzes que a Alma segue. Faz a oferta de teu esforço toda vitória e a vida em si, pois toda a obra que de ti nasce é dos que nascem através de ti. Se o tempo esgota e pouco te sobra, e, por apego, temas, resistas, liberta a obra, qual nobre artista… Vê que és o artista e a própria obra. Prof. Lúcia Helena Galvão. Esse poema foi musicado por Keco Brandão e Flávia Wenceslau.

Dica de Filme: Sociedade dos Poetas Mortos

Este Filme marcou, praticamente, uma geração de jovens e ainda continua a exercer uma poderosa influência em relação à educação para que esta seja, antes de mais, um despertar e guia da alma na vida. Um fazer nascer e desenvolver os valores inatos na aula de cada um para enfrentar com autenticidade e coragem a adversidade e as vicissitudes da existência.Tal como ensinava Confúcio, a literatura e a poesia servem de instrumentos para despertar a verdadeira natureza, a alma adormecida.Foi realizado em 1989 por Peter Weir, que nos deixou joias filosóficas como “O Show de Truman”. O Professor carismático que é capaz de mudar a vida dos discípulos com a ajuda da poesia e do exemplo moral é representado pelo genial Robin Williams. Aqueles que viram este filme nunca se esquecerão do carpe diem (literalmente “apanha o dia), máxima de vida horaciana que nos recorda que não devemos perder as oportunidades da alma devido ao medo à vida ou simplesmente por comodidade, há que apanhar o momento, abraçar esse Kairós que renova a nossa juventude interior , conquistar o presente que foge obrigando-o a entregar-nos os seus tesouros.Tão pouco esqueceremos os versos de Whalt Whitman que os alunos dedicam ao…

A Flauta Mágica

“A Flauta Mágica” de Mozart é um dos mais maravilhosos testamentos musicais que nos foram legados por um filósofo-músico. Mozart não foi apenas músico, foi também um filósofo no mais profundo sentido da palavra. Procurou criar uma ponte entre o humano e o divino através do amor, tal como está evidenciado não apenas na “Flauta Mágica”, mas também em toda a sua obra. Sendo essencialmente apolíneo na sua expressão artística, na qual a medida do belo sublima o passional, Mozart conheceu o rapto dionisíaco que eleva a consciência a um mundo superior. Na “Flauta Mágica”, o apolíneo, a iluminação do divino e o dionisíaco, a transmutação do humano, vão de mãos dadas.

A Interpretação Esotérica de A Primavera

Este tema, da interpretação esotérica de uma das pinturas mais famosas do mundo, não é fruto de fantasias, mas de se ter reencontrado a chave básica utilizada pelo genial Sandro Botticelli – que é conhecido por este nome – para representar maravilhosamente a passagem da alma pela manifestação carnal. Um prólogo necessário a toda a referência ao fantástico movimento do Humanismo, infelizmente até hoje muito mal compreendido pelos especialistas influenciados pelo pensamento exclusivista centro-europeu, serve para nos pormos em dia com as novas correntes de interpretação histórica que estão a despontar de cara voltada para o século XXI. Para começar, esclarecemos que as divisões do passado humano suficientemente conhecido para se chamar «História» respondem, se bem que baseadas em fatos reais, ao nível das possíveis investigações e aos critérios mais ou menos gerais dos especialistas, os quais fixam, antes de tudo, uma meta pedagógica, pois história que não se ensina não é história segundo a acepção atual. Até meados do século XX, a nossa cultura ocidental dividiu o seu próprio passado recente em: Época Clássica, desde o século VI a.C. até ao século V, fazendo coincidir esta última data com a queda do Império Romano do Ocidente. Idade Média, desde…

A Verdadeira Poesia

A poesia, como tudo que é importante na vida, é difícil de definir. Este trabalho seria infindável se tratássemos de apontar as características certas ou falsas que, desde o fundo da nossa história conhecida, foram dadas à poesia. Hoje, sabemos que os Egípcios, os Sumérios e os Chineses – para citar alguns exemplos do passado remoto – faziam poesia e davam-lhe a maior importância. Na Índia milenar, os textos mágicos e religiosos mais antigos estão originalmente escritos em forma de poema, como o Mahabharata, que compreende no seu próprio interior o imortal Bhagavad Gita e o Uttara Gita. Os antigos concebiam todo o universo como sendo harmônico, regido pelos números e pelas proporções de ouro. Isto refletiu-se na ordenação dos sons, os quais alternados com os silêncios, deram origem à música, ao canto e à poesia, todas elas expressões do Homem que tratou, desde sempre, de fazer surgir da sua Alma as misteriosas sementes que os deuses tinham depositado nela, para uma melhor e mais justa compressão de si mesmo, da Natureza e de Deus. Mas como o modelo que podemos chamar “clássico” tem por característica unir o bom, o belo e o justo – conforme afirma o divino Platão…

A Vênus de Milo e a Vitória da Samotrácia

São obras do período helenístico, guardadas no Museu do Louvre, em Paris. Realizadas em mármore pentélico e de Paros, resumem as expressões corporizadas de duas deusas: Niké e Afrodite. Resumem também dois recônditos mistérios que torturam, acompanham e glorificam a humanidade desde a sua aparição na Terra: a Guerra e o Amor. Neste mundo superficial, onde a pouca profundidade substituiu a guerra pela briga e o amor pelo sexo, as duas imagens fabulosas nos levam a nossos ancestrais puros e formidáveis. Nenhuma das dois pode ser compreendida pelo turista apressado; é necessário meditar pelo menos uma hora ante cada uma delas para preencher-se com suas essências. A Vitória, dorso de mulher envolta em túnicas revoltas pela humanidade e pelo vento e sustentada por poderosas assas, de pé, na proa de um navio de pedra nos fala do triunfo sobre o mal, de gloria e de ascensão através de um ideal inegoísta e sublime. É a Guerra Sagrada, o triunfo sobre a escuridão, a ignorância e o medo. A seu lado sentimos o fragor dos gritos dos remadores encantados pela aventura, remando sem porto, pelo mar, de vento cruzado com o gemido augural das gaivotas. Abaixo ruge o Oceano negro; acima…

O Sentido da Beleza

“Quando há um sentido de beleza, tudo o que se faz obedecendo a esse sentido belo será. Da mesma forma, ao haver um sentido de virtude ou de retidão, a medida que se entra em ação, tudo que se faz, pensa ou sente é correto e belo”. Estas palavras tão inspiradoras, e todo o artigo do mesmo autor, são uma ode à beleza em seu aspecto mais elevado, como uma forma de se afastar dos problemas cotidianos e deixar que a alma respire livremente. Em primeiro lugar, é necessário esclarecer que quando nos referimos ao “sentido” da beleza, não nos referimos a nenhum dos cinco sentidos habituais. Este é um “sentido interno”, para lhe dar um nome, que está mais relacionado com as percepções interiores e com a intuição. Esse sentido nos traz várias perguntas e também considera a Beleza sob vários ângulos, tão sutis que as palavras sempre serão pobres para expressar. O que é a Beleza? Poderíamos defini-la de uma maneira que pudesse ser válida para todas as pessoas? Não, é quase impossível defini-la porque cada um faria de uma forma diferente, de acordo com sua própria personalidade, a variação dos seus estados de ânimo, suas experiências, suas…