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A Filosofia: o Filósofo

Neste campo não pretendemos ser originais, senão simplesmente novos; enquanto o original busca divergir do conhecido, o novo dá vida, uma e outra vez aos mesmos valores essenciais. Por isso, a Nova Acrópole define a FILOSOFIA como sempre se fez, como “Amor à Sabedoria”, como uma necessidade impostergável de alcançar aquilo que nos falta, como a busca de um conhecimento profundo que satisfaça realmente as mais agudas inquietações humanas. Novamente afastados da originalidade, seguimos Platão para explicar as características dessa Sabedoria que constituiu a essência da Filosofia. Esta Sabedoria é uma totalidade, uma cúspide que se alcança através de um conhecimento inteligentemente dirigido e que vai desde o extremo da ignorância até à plenitude do saber. O conhecimento avança paulatinamente e não deve deter-se no penoso meio-termo da opinião que, acreditando saber, expõe arbitrariamente como verdades as que não passam de serem apreciações incompletas. O FILÓSOFO não é um sábio, não possui ainda o tesouro da Sabedoria, mas pelo contrário só a procura, vai atrás dela incansavelmente. Não se conforma com o diverso campo das opiniões intelectuais, à medida que vai conhecendo, vai-se transformando; o seu conhecimento ao chegar ao fundo das coisas converte-se num estilo de vida. Vive uma…

Por que Filosofia?

A cada dia mais temos sido bombardeados por notícias de crimes terríveis praticados por pessoas consideradas pela maioria de nós como normais. São pessoas que tiveram excelente formação escolar, que conquistaram projeção social, e que tiveram acesso a tudo que nossa sociedade propõe como as metas válidas para uma vida bem sucedida. No entanto, não aprenderam sobre o que mais importa! Isso deve nos obrigar a refletir sobre os rumos de nossa sociedade. O que desejamos? O que buscamos? Quais são nossas propostas? E quanto à educação que recebemos e que damos aos nossos filhos, é a mais válida? É a que nos levará a um mundo melhor e mais justo? Estas são perguntas que deveriam nos preocupar e nos deixar perplexos, pois talvez, em suas respostas, esteja a causa de todos os nossos problemas. São essas as questões que permeiam o universo filosófico. Questões como: “Quem sou, de onde vim e para onde vou?” foram e ainda são o centro em torno do qual giraram muitos diálogos e obras de grandes pensadores da história. E hoje, mais do que nunca, sentimos sua necessidade, neste momento em que a humanidade inteira enfrenta graves riscos tanto por problemas climáticos ou convulsões…

Prudência

Domina a fúria que impulsionaa insensatez no tom de tua voz.Refreia o ímpeto e a inconsciênciada expressão dura, do olhar atroz. Tempera a voz em tua voz interna,banhada em águas do coração.Deixa que surja, purificada,melodiosa como canção. Lembra do Mestre, em tempo remoto,coração reto qual labareda,que, com leveza, tocava o solo,andando sobre um papel de seda. Não deixa marca que fragmente,ou que divida, qual alameda.Cultiva o prado de teu caminhopisando leve o papel de seda. Não busque o solo que te sustente,a base falsa que arremedauma verdade que não existe,que dilacera o papel de seda. Preso ao celeste, vê que flutuas,livre do peso, pelo espaço.Passos de seda, mostram que a tuaé uma vontade forjada em aço. Prof. Lúcia Helena Galvão. Esse poema foi musicado e interpretado pela estrela Zizi Possi, com melodia composta pelo talentoso Keco Brandão.